Counoise
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- Categoria: cepas
Como seria a pronúncia dessa palavra? Diga “cun-nuaiz”. E não se apresse a dizer que não a conhece...
Counoise é uma das 13 cepas permitidas nos vinhos da famosa denominação Châteauneuf-du-Pape. Por isso mesmo, grande parte das pessoas que julga nunca ter degustado Counoise, na verdade, já o fizeram, sem nem saber.
Mesmo não sendo uma das protagonistas, essa cepa não é uma mera coadjuvante, nos vinhos de Châteauneuf-du-Pape, não, ainda que ocupe pouca área de vinhedos. O caráter frutado da Counoise, e seus compostos aromáticos, combinados com sua marcante acidez, equilibram e complementam a exuberância da Grenache e a estrutura da Mourvèdre e da Syrah, realçando os sabores delas.
Na França, a Counoise é cultivada no sul do Rhône, na Provence e no Languedoc. Mas ela também pode ser encontrada nos Estados Unidos, na Califórnia e em Washington, onde tem sido vista mais em varietais, do que em cortes.
A origem da Counoise não é clara. Existe uma versão, bem aceita, de que ela teria sido levada da Espanha para a França como presente ao papa Urbano V, um dos “papas de Avignon”, cuja casa de veraneio era um castelo em Châteauneuf-du-Pape. Outra versão, em compensação, garante que a uva é originária do Vale do Rhône.
De amadurecimento mais tardio, essa é uma variedade de moderado vigor, baixo rendimento, com bagos grandes e de pele escura e relativamente fina.
O vinho varietal produzido com a Counoise apresenta cor vermelho-púrpura, e aromas de morangos, mirtilos, ameixas pretas e também de anis e alcaçuz.
De corpo leve, caráter picante, acidez vibrante e taninos suaves, tanto o tinto como o rosé lembram um pouco alguns Beaujolais, por exemplo. Se quiser saber mais sobre Beaujolais, clique aqui.
A harmonização mais comum, nos Estados Unidos, para os varietais de Counoise, é com um prato típico do estado da Louisiana, chamado Jambalaya, uma espécie de paella americana. Já na região de Provence, na França, esse é um vinho rosé para ser apreciado com uma salada típica da cidade de Nice, que leva atum entre os seus ingredientes.
Mas a melhor harmonização, como gostamos de enfatizar, nem sempre é a mais tradicional, e, sim, aquela que nos traz mais prazer durante a refeição. Então, coloque sua criatividade para funcionar, quando for degustar esse vinho!
E, para encerrar, se quiser ler mais sobre Châteauneuf-du-Pape, clique aqui.
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